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Pureza e Propósito no Namoro

Querer namorar é natural na vida dos solteiros. Durante os séculos recentes, a prática do namoro para conhecer e escolher um parceiro para o casamento se tornou comum na nossa sociedade. Podemos nos admirar ao notar que a Bíblia fala muito pouco a respeito do namoro, mas precisamos lembrar que o namoro não era a maneira comum de caminhar para o casamento na época bíblica. Os pais freqüentemente arranjaram os casamentos dos filhos, como ainda é o costume em muitas culturas. O amor romântico e as emoções da paixão não eram destacados como são hoje.
Algumas pessoas citam a falta de orientação específica nas Escrituras para justificar a aceitação dos padrões do mundo em relação ao namoro. Até jovens que se dizem cristãos, às vezes, começam a namorar sem pensar nos princípios bíblicos que devem governar o seu comportamento. Despreparados, facilmente caem nas ciladas que o Diabo armou. Alguns cometem imoralidade, enquanto outros namoram de olhos fechados e escolhem mal os seus parceiros. Em ambos os casos, as conseqüências podem ser desastrosas.
Embora a Bíblia não apresente uma lista de regras para o namoro, encontramos nas suas páginas muitos princípios que podemos e devemos seguir para ter namoros puros que caminhem para casamentos bons e felizes.
Fatos e princípios importantes
Trate a sua namorada como se fosse sua irmã. O homem cristão deve tratar "às moças, como a irmãs, com toda a pureza" (1 Timóteo 5:2). Tal atitude certamente se aplica ao namoro. A sua namorada não é um objeto feito para seu prazer, e sim uma pessoa feita à imagem de Deus. Respeite-a.
Evite o egoísmo, pois é pecado (2 Timóteo 3:2). Muitas pessoas namoram e até se casam por motivos egoístas. O amor verdadeiro "não procura os seus interesses" (1 Coríntios 13:5), e sim procura o bem-estar do amado. O amor de Jesus para a igreja não é egoísta. Ele se sacrificou por ela, e pede a mesma coisa do homem em relação à esposa (Efésios 5:25-33). Este amor puro e verdadeiro deve começar no namoro.
Estimule o amor e as boas obras (Hebreus 10:24). Os dois devem crescer no namoro, um ajudando ao outro a realizar seu potencial, especialmente no sentido espiritual. Um namoro que ocupa todo o tempo livre da pessoa, e que dificulta o seu serviço a outros, não ajuda o desenvolvimento pessoal.
Seja criterioso (Tito 2:6). Diz-se que o amor é cego, mas que o casamento abre os olhos! Deve se namorar com os olhos abertos, observando o comportamento e o caráter da outra pessoa. Ele a traiu durante o namoro? Será que se mostrará fiel no casamento? Ela mente aos outros? Será que sempre lhe dirá a verdade? Ele é explosivo e fisicamente violento agora? Acha que vai controlar esses impulsos depois de se casar? Em muitas conversas com casais que enfrentam problemas no casamento, eu pergunto se as atitudes erradas se apresentaram no namoro. Na maioria dos casos, a resposta é sim. Mas, quase sempre, acrescenta-se um fato: "Mas eu não me incomodava com aquilo, porque eu estava apaixonado e queria casar". Precisa-se namorar de olhos abertos!
Evite pecados de sensualidade. A sociedade decadente atual perverte muito o sentido do namoro. Programas de televisão fazem concursos de beijos sensuais. O "Dia dos Namorados" é conhecido por aumentos de vendas de lingerie e propaganda de motéis. Para muitos, a prática sensual de "ficar" vem antes de conhecer o nome da pessoa, e sem nenhum compromisso pessoal. Em muitas escolas, relações sexuais ilícitas são consideradas normais, e até incentivadas pelas conversas entre alunos e professores. A vontade de Deus é outra. Independente das atitudes liberais da sociedade, Deus considera errada qualquer relação sexual fora do casamento. Relações íntimas fazem parte do casamento conforme o plano de Deus, porém "Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hebreus 13:4). O servo de Deus precisa fugir da impureza, porque a imoralidade é pecado contra o próprio corpo, que é o santuário do Espírito Santo (1 Coríntios 6:18-20; veja também Gálatas 5:16,19; 1 Coríntios 7:9).
Não é só o ato sexual em si que é pecaminoso. Devemos evitar, também, as atividades e as conversas que alimentam desejos sexuais. Pessoas do mundo podem considerar passeios à praia, noites numa danceteria ou horas a fio agarrados no portão da casa atividades normais para os namorados, mas os cristãos não seguem o padrão sensual do mundo. Algumas perguntas podem ajudar a evitar a imoralidade. O seu nível de contato físico os aproxima de Deus, ou os afasta dele? A sua roupa aumenta o respeito que seu namorado tem por você, ou cria nele desejos que podem ser difíceis de controlar? Se assistirem àquele filme, serão edificados ou enfraquecidos?
Respeite o papel dos pais durante o namoro. Durante o namoro, alguns jovens quase evitam os pais e não freqüentam as casas das famílias, sempre procurando sair para outros lugares. Na Bíblia, observamos que os pais freqüentemente aconselhavam os seus filhos na escolha de seus parceiros. Em alguns casos, os filhos já eram adultos, mas ainda respeitavam a orientação dos pais (veja Gênesis 24:3-4; 28:6; 34:4-6). Os pais normalmente têm muito a oferecer, porque já passaram pelas fases do namoro, do noivado e do casamento. Têm aprendido de outros casais, também, ao longo dos anos. Seria um grave erro não aprender com a sabedoria dos pais. "Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe" (Provérbios 6:20). Muitos casais sofrem hoje porque se mostraram teimosos e não respeitaram os pais no namoro.
Estejam um ao lado do outro no namoro. Entendemos que o namoro tem em vista, como propósito principal, a escolha de um bom parceiro para o casamento. Gênesis 2:20-24 mostra que Deus criou a mulher para auxiliar (do lado de) seu marido. A vida do casal deve ser dedicada ao serviço a outros (filhos, parentes, vizinhos, irmãos em Cristo, Deus, etc.). Se será assim no casamento, deve começar assim no namoro. Procurem ser uma equipe de servos, os dois trabalhando juntos para fazer o bem.
Casais bem-sucedidos
Durante o namoro devem se espelhar em casais bons. Observar casais conhecidos que têm relações especialmente boas ajuda bastante. Agora, considere esses casais à luz das Escrituras. Achamos instruções e exemplos de casais bem-sucedidos.
Áqüila e Priscila trabalharam juntos no ensinamento de Apolo (Atos 18:26) e foram considerados por Paulo cooperadores em Cristo (Romanos 16:3). Uma igreja se reunia na casa deles (Romanos 16:5).
O casal em Provérbios 31 é uma equipe. Este capítulo, a partir do versículo 10, descreve as características da mulher virtuosa. Em parte por causa da dedicação dela, o marido é respeitado na sua cidade. Ela é, acima de tudo, uma serva.
Presbíteros e diáconos e suas mulheres cooperam no serviço a outros. Observamos nas listas de qualificações desses homens (Tito 1:5-9; 1 Timóteo 3:1-13) que eles se preparam para os seus papéis na igreja, em parte, por suas experiências na família. Se não tivessem esposas dedicadas trabalhando em prol da família, esses homens não teriam condições de cumprir papéis especiais na igreja do Senhor. Esta atitude de cooperação, um servindo ao lado do outro, deve começar já no namoro.
Olhando nas direções certas
Muitos namoros levam a casamentos fracassados por um simples motivo. Durante todo o período do namoro, os dois olham nas direções erradas. Olham para si mesmos, procurando satisfazer desejos egoístas. Olham um para o outro, esquecendo do resto do mundo e perdendo oportunidades para servir. Passam horas admirando a beleza física do outro, ou exagerando o contato físico. Embora precise ser realista sobre as suas próprias necessidades, e precise observar o comportamento e as atitudes do outro, o namoro bom mantém seu foco fora do próprio casal. Deve-se olhar para onde?
Deve-se olhar para Deus. Em todas as circunstâncias da vida, devemos olhar em primeiro lugar para Deus. Jesus disse: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento" (Mateus 22:37-38). O namoro que tira a sua atenção das coisas de Deus não ajudará o seu crescimento espiritual. Se, de fato, você ama o seu namorado, faça tudo para ajudá-lo chegar ao céu. Não se esqueça de olhar para cima!
Deve-se olhar para os seus próximos. Jesus continuou: "O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:39). Quando um casal de namorados se isola, dedicando quase todo o seu tempo ao namoro, desobedece o mandamento de Jesus. O namoro, como a vida, deve ter como fundamento os princípios de serviço a outros. Não se esqueça de olhar para as pessoas ao seu redor!
Sugestões práticas
Quer um namoro que seja bom para você e para seu namorado? Quer estabelecer a base para um bom casamento que durará a vida toda? Quer, acima de tudo, agradar a Deus no seu namoro e na sua vida? Procure aplicar na prática os seguintes princípios:
  • Limitem e controlem o contato físico, evitando criar ou alimentar desejos sensuais.
  • Respeitem um ao outro como irmãos, criados pelo mesmo Pai celeste.
  • Não se isolem durante o namoro. Sejam abertos para servir a outros.
  • Dêem prioridade para as coisas espirituais. Participem juntos de estudos e períodos de louvor. Estudem a Bíblia juntos.
  • Procurem oportunidades para servir.
  • Cultivem uma relação espiritual e saudável que incentive o crescimento dos dois.
  • Orem juntos, pedindo que Deus abençoe seu namoro, e mais ainda seu futuro casamento!


Destruindo um templo

No sexto capítulo da primeira carta de Paulo aos Coríntios o apóstolo Paulo está exortando os crentes daquela localidade sobre o cuidado que deveriam ter com eles mesmos, não se entregando à imoralidade. Lembrando que o corpo dos que foram resgatados pelo Sangue do Cordeiro é considerado templo de Deus.
Fico imaginando o que diria Paulo se vivesse nos dias de hoje. Se pudesse andar por nossas ruas e avenidas e ver a banalização do corpo humano, como ele é usado para os mais diferentes fins, muitos inescrupolosos.
E também como é fácil para nós estragar esse corpo!
Há uma música de melodia bem agradável, chamada “Catedral”, composta por Tanita Tikaran e interpretada por Zélia Duncan. Em determinado momento da música encontra-se o verso:
“No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei, vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar”
Não sei em que a compositora estava pensando quando escreveu a música, mas é até interessante imaginar que faz sentido essa “catedral”, esse “templo” na pessoa que profere essas palavras transformando-a em imortal. Ao menos do ponto vista do versículo acima, pois o espírito do que foi nascido de novo, do que foi salvo pelo sacrifício de Cristo não morre, mas vive eternamente com Ele na Glória.
E é incongruente que quem tem a conciência de que é, então, morada do Espírito Santo, não zele pelo seu corpo.
Entregar-se a práticas que atentem contra a sua saúde é, portanto, inaceitável. Drogas, práticas lascivas, excesso de álcool... é fácil concordar com essa parte, não?
Mas o que me dizem de outras práticas tão corriqueiras e normais em nosso dia-a-dia que também fazem mal ao corpo e nem por isso nos preocupamos com elas?
Quais são? Vejamos alguns exemplos: excesso de exercícios físicos, ou a falta deles! Excesso de trabalho, de forma a prejudicar o descanso, que aliás é ordenança de Deus, (o Senhor ordena que trabalhemos para nos sustentar, mas que também desansemos para repor as energias).
E as comidas? Humm... Elas são um perigo! Óbvio que os vícios em refrigerantes, em frituras e até ser vegetariano radical fazem mal, umas de forma mais rápida e outras de forma mais lenta. Contudo, os hábitos alimentares modernos, em sua maioria, desbalanceados, também prejudicam o corpo. Comer mal, com o tempo, significa condenar o corpo a problemas diversos. como a obesidade, a hipertensão e outros males conteporâneos.
Daí alguém pergunta: é pecado comer errado?
Eu diria que é errado não zelar pela saúde. Muitas vezes somos legalistas e agimos como fariseus condenando veementemente os vícios, alcoolismo, drogas, sexo livre, e nos esquecemos de olhar para questões mais sutis como a glutonaria. Todos eles são condenáveis.
Confesso que comer é uma das coisas que me dão mais prazer, e que eu sou um dos primeiros que deve observar os cuidados com os excessos e com o desequilíbrio alimentar.
Já comecei a colher os frutos pouco saborosos de uma vida sedentária. E só Deus é capaz de me dar forças para mudar meu estilo de vida.
Há recomendações bíblicas explícitas sobre a aplicabilidade do nosso corpo:
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Rm 6.12-13).
É fácil destruir esse santuário. É bem mais difícil mantê-lo em bom estado de conservação. Devemos glorificar a Deus com nosso corpo, não entregá-lo às impurezas, como descrito por Paulo em 1 Coríntios 6. Esse corpo é finito, corruptível, mas nem por isso podemos estragá-lo!

Por *Enos Moura Filho é Presbítero na 1° I.P. de Guarulhos-SP



Qual Mocidade nós nos tornamos?


Claro que também lembro que tivemos muitos problemas, muitas discussões, muitas brigas até… Não éramos, de forma alguma, pré-adolescentes, adolescentes e até jovens (que insistiam em estar conosco) perfeitinhos… Tínhamos também aqueles grupinhos, panelinhas por amizade; afinidade; idade; popularidade e tantos outros “ades” da vida… Mas, a maior parte do que éramos me deixa uma enorme saudade! Entretanto, hoje, me vejo com aquela questão ali de cima na cabeça: Qual Mocidade nós nos tornamos? E, quando digo Mocidade me refiro não só ao departamento, mas a nós jovens, homens e mulheres. Penso no individual e no coletivo, acho que os dois dialogam e se completam.

Esse título/pergunta é para vocês que também partilham minhas recordações. É para vocês que podiam não ser tão enturmados, por timidez ou qualquer outro motivo, mas que estavam por ali… É para vocês chegaram recentemente e podem não ter passado alguns ou todos aqueles momentos… Essa pergunta é para aqueles que estão perto e é para aqueles que estão longe…

“Quero trazer a memória o que me pode dar esperança”.

Lamentações 3. 21.

Pode até parecer um pouco de saudosismo, nostalgia, angustia, desabafo. Na verdade, pode ser tudo isso junto e mais tantos outros sentimentos. Só sei que esta pergunta tem me sondado:
Qual Mocidade nós nos tornamos?

Hoje, o que vemos são bancos, corredores e escadaria vazios. Vemos programação e atividades desmarcadas por falta de pessoal ou por diversas razões. Vemos falta de entrosamento e não queremos assumir responsabilidades… Não estou dizendo com isso que a quantidade sobrepõe a qualidade. Até porque acreditamos no versículo 20 de Mateus 18: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. Mas, vemos hoje uma Mocidade que não tem tido tempo para as coisas de Deus.

Bom a falta de tempo pode ser uma questão complicada; no entanto, pode ser a solução ou a resposta perfeita que temos escolhido. Acho que uma das respostas a aquela pergunta pode ser esta então: Tornamos-nos uma Mocidade sem tempo! Homens e mulheres atarefados pela correria da vida de hoje. Isso! Muitos de nós vamos encontrar nesta reposta a saída ideal. Fazemos faculdade, estagiamos, trabalhamos, estudamos em vários cursos, fazemos viagens… E uma série de outras atividades que consomem quase que nosso tempo integral. Ai, o que sobra, precisamos usar para descansar, sair para outros lugares, ficar com os amigos, namorar; enfim, aproveitar nossa vida. Afinal, somos jovens! E, para tornar essa justificativa mais coesa e consistente, podemos acoplar outras questões como a falta de motivação e atração das “coisas de Deus e da Igreja”. Pronto! Agora se aquela insistente pergunta aparecer de novo, alguns podem responder rapidamente que não temos tempo…

A verdade não sei qual a resposta certa de que Mocidade somos hoje. Mas sei que Mocidade deveríamos ser. Deveríamos ser jovens missionários; comprometidos na transmissão do Evangelho e com a salvação de almas; que exalam o perfume de Cristo; que tem ousadia, coragem e força pela graça de Deus; que assumam responsabilidades; que vivam por Cristo e que, se preciso for, morram (literalmente) pela Verdade.

Que não nos esqueçamos das palavras de Jesus relatadas em Mateus 24. 12 e 13, “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, será salvo”. Precisamos voltar ao Primeiro Amor, precisamos voltar a Deus.

Não sei qual resposta você deu ao ler tantas vezes aquela pergunta. Talvez você não tenha tido tempo de pensar ainda.

Espero que o tempo não nos faça esquecer daquele texto: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá”. Mateus 24.44. E, também de Marcos 1. 15, “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”.

“Ou a igreja se omite, ou se corrompe ou vai à guerra!”. Não existe neutralidade, não podemos ser uma juventude morna e indiferente: “Nenhuma pedra vai clamar em meu lugar!”.

Com carinho, respeito, saudade e FÉ.







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